Resgatar brincadeiras que atualmente já não fazem mais parte do cotidiano das crianças e valorizar a cultura regional através de atividades que fazem referência a animais amazônicos. Foi com esses objetivos que o Centro de Educação do SESC deu início, este ano, ao projeto Recreio Divertido. As atividades incentivadas pela instituição em Manaus farão parte da série “Brincadeiras Regionais”, da revista Nova Escola, da editora Abril.

A série irá reunir iniciativas de resgate dessas brincadeiras em dois estados de cada região do país. Na região Norte, o Amazonas e Rondônia terão as experiências relatadas. A série deve ser publicada no segundo semestre deste ano. As brincadeiras “Curupira” e “Tucuxi”, praticadas por alunos do Centro de Educação do SESC, em Manaus, serão destacadas.

Além destas, os alunos da instituição também participam das brincadeiras Pirarucu, Cabas, além de jogos de xadrez e pingue pongue.

Iniciativa  

De acordo com a gestora do Centro de Educação, Jacqueline Gisler, o projeto Recreio Divertido foi estruturado para que os alunos pudessem aproveitar o horário do intervalo das aulas resgatando brincadeiras antigas e que valorizam o regionalismo. “Percebemos que as crianças estavam utilizando o intervalo para brincadeiras que muitas vezes eram inadequadas para um espaço escolar. Reunimos os professores e pensamos em atividades que pudessem fazer com que as crianças se divertissem com qualidade”, afirmou.

Conheça as brincadeiras

Na brincadeira “Curupira”, uma criança fica com os olhos vendados e outra faz com que ela gire três vezes. Depois, pergunta a ela: “o quê que tu perdeu?” E a criança que girou responde, “perdi uma agulha”, “perdi um terçado”… Todas as crianças fazem suas perguntas. Quando chega a vez da última criança, esta pergunta ao Curupira o que ele quer comer. Quando o Curupira tira a venda e vê que não tem a comida que ele pediu, sai correndo atrás das crianças e todos devem correr para não serem apanhados. Quem for apanhado passa a ser presa do Curupira ou troca de lugar com ele.

A “Tucuxi” é feita dentro da água. As crianças são divididas em dois grupos, um representando os botos e outro os pescadores. Os botos permanecem mergulhando e boiando. Quando saltam para fora da água, os pescadores tentam acertá-los com as flechas (simbolizados por macarrão de piscina). Quem for flechado, morre e, se quiser, troca de papel com o caçador.

Na “Pirarucu”, as crianças ficam em círculo, de mãos dadas e uma delas fica no centro. Essa que está no centro desloca-se e ao pegar no braço do colega pergunta-lhe “qual é essa madeira?”. A outra responde pelo nome de uma madeira da região. A seguir, o Pirarucu apoia-se e senta-se nos braços de dois colegas, que o lançam para o ar. Prossegue assim até terminar a roda. Quando termina, começa a fuga. O pirarucu corre e tenta sair do “lago” (simbolizado pela roda). Os colegas, de mãos dadas, tentam impedir a saída com os braços, que representam madeiras fortes. Quem não consegue evitar a saída deve substituí-lo.

Manacapuru

A equipe de reportagem da revista Nova Escola também fará o registro de brincadeiras praticadas por crianças da Escola Municipal Zoraida Ribeiro, no município de Manacapuru. Na escola são desenvolvidas as brincadeiras “Pernas de pau” e “Quatro cantos”. A apresentação das atividades para a revista será realizada com o apoio do SESC Manacapuru, no balneário da unidade.

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