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Chega ao Amazonas a 19ª Edição do Sonora Brasil com o tema Violas Brasileiras, que vai abordar os quatro aspectos do desenvolvimento do instrumento no país, mostrando que o uso da viola ultrapassa as fronteiras do interior e chega às salas de concerto, ampliando sua presença nos espaços destinados à música clássica.

As apresentações realizar-se-ão entre os dias 2 e 7 de junho nas cidades de Manaus e Parintins. Abaixo, a programação completa.

tabela manaus
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Sonora Brasil

Desde a primeira edição, em 1998, o Sonora Brasil já contou com a participação de cerca de 80 grupos em mais de 4.900 apresentações por todo o país, alcançando um público superior a 520 mil espectadores. A cada dois anos, dois temas são desenvolvidos, buscando aprofundar a relação do público com aspectos relevantes da música no país.

O Sonora Brasil cumpre a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra não comercial. Através do projeto, o Sesc busca estimular a formação de plateia por meio do contato do público com a qualidade e a diversidade da música. Todas as apresentações são essencialmente acústicas, valorizando a qualidade sonora das obras e de seus intérpretes.

Violas Brasileiras traça um panorama da viola de cinco ordens e de variantes que apresentam características peculiares e regionalizadas do instrumento, relacionadas a práticas musicais restritas a ambientes geográficos pouco abrangentes. A viola caipira/sertaneja será representada por Paulo Freire e Levi Ramiro (SP); a viola do nordeste, reconhecida por acompanhar repentistas, será apresentada por Ivanildo Vilanova, Antônio Madureira e Cássio Nobre (PE e BA); a viola de concerto, apresentada por Fernando Deghi e Marcus Ferrer (PR e RJ); e as violas singulares, com suas peculiaridades e suas claras referências regionalizadas, serão apresentadas por Sidnei Duarte, Maurício Ribeiro e Rodolfo Vidal (MT, TO e SP).

Duo Marcos Ferrer e Fernando Deghi

Marcus Ferrer e Fernando Deghi

O duo apresenta a viola no ambiente de concerto por meio de repertório que remonta ao período colonial brasileiro, anterior à consagração do violão como principal instrumento acompanhador na música, período em que a viola era uma das pontes musicais entre Europa e Brasil. E chega aos dias atuais pelo repertório de compositores contemporâneos que representam uma importante fase da música brasileira em que a viola caipira, consagrada no meio rural, abre espaços nas salas de concerto e vira objeto de estudos no meio acadêmico chegando, inclusive, a se tornar curso de bacharelado.

Paulo Freire & Levi Ramiro

PauloFreire&LeviRamiro

A viola na região Sudeste se consagrou com as denominações caipira e sertaneja, a primeira relacionada às práticas mais tradicionais do meio rural e a segunda mais associada ao repertório desenvolvido em meio urbano, fundindo à base novos elementos técnicos e estruturais.
Dois músicos representantes do estado de São Paulo vão apresentar repertório que trata desde exemplos mais remotos, como os recolhidos nas pesquisas desenvolvidas por Freire no interior de Minas Gerais e os que povoam a memória de Ramiro desde a infância, até compositores da atualidade, compondo um panorama do desenvolvimento do instrumento na região.

Violas no Nordeste

violas nordeste

A viola no Nordeste pode ser encontrada em sua forma mais tradicional, como a presente na região Sudeste, mas também em variantes típicas da região, como a utilizada por repentistas, que possui um sistema acústico que melhora a projeção do som e a machete, característica da região do Recôncavo Baiano. Os três músicos convidados, Cassio Nobre, Antônio Madureira e Ivanildo Vila Nova, expoentes em suas áreas, reconhecidos pela dedicação ao repertório tradicional deste instrumento, apresentam uma síntese da presença da viola na cultura nordestina.

Violas Singulares

Violas Singulares

As violas singulares são aquelas que não foram difundidas além de suas regiões de origem, permanecendo sempre ligadas a gêneros musicais bastante regionalizados, como o fandango do norte do Paraná e sul de São Paulo, o cururu e o siriri do estado do Mato Grosso e os ritmos tradicionais do cerrado.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 92 3649-3750.

Assessoria de Comunicação
Sistema Fecomércio, Sesc e Senac AM