Neste mês de agosto, entre os dias 9 e 26, o Sesc AM promove a nona edição do Sesc Amazônia das Artes nas cidades de Manaus e Manacapuru. Todas as atrações possuem entrada gratuita.

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Dia 9, às 20h, no Sesc Restauração, em Manacapuru, será realizado o espetáculo musical “Traduções” de Irineu de Palmira e Banda, do estado do Tocantins, que leva ao público uma seleção de músicas autorais com letras poéticas, resgatando a beleza das cores e a simplicidade do cotidiano. O músico vai interpretar composições ligadas à MPB e ao samba, além de falar sobre a temática negra, seja nas letras, seja nos ritmos. Com 40 anos de carreira e diversas composições o músico já gravou um vinil, quatro CDs e um DVD. Músicas de sua autoria já foram gravadas por Jair Rodrigues, Luciana Mello, Katinguelê, entre outros. Participou, como violonista, da gravação de todas as faixas do disco “Violas e Canções”, de Pena Branca e Xavantinho. O espetáculo musical é livre para o público de todas as idades.

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No dia 10, também em Manacapuru, no Sesc Restauração, às 20h, será a vez do grupo teatral Cia Em Cena Ação, do Amapá, apresentar a peça “Malcriadas”, uma livre inspiração da dramaturgia de Jean Genet “As Criadas”. O drama apresenta empregadas subservientes que vivem tramando contra sua patroa num plano perigoso, arriscado num desafio tênue entre a relação estabelecida opressor/oprimido. A peça é encenada pelos atores amapaenses Arthur Cardoso, Netho Montalvão e Francisco Ribeiro e concebida pelo diretor Tom Rodrigues. A peça teatral não é recomendada para menores de 16 anos.
 
O Sesc Restauração fica localizado na av. Eduardo Ribeiro, s/nº, Centro.

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Dia 12, em Manaus, às 10h, no Teatro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o grupo Capim Limão, do Acre, realiza a aula-espetáculo “Música de Brincadeira”, que tem como tema a musicalização infantil. Os artistas interagem diretamente com o público que brinca, canta, toca, aprende e se diverte. No roteiro, o professor é um colorido artista e os alunos uma animada e participativa plateia em que a aula de música torna-se um espetáculo divertido e o brincar pedagogia.

O teatro Nossa Senhora Auxiliadora fica localizado na rua Silva Ramos, 833, Centro.

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Dia 13, o espetáculo teatral “As Mulheres de Aluá” do grupo O Imaginário, de Rondônia,  traz a história de mulheres de diferentes épocas que foram condenadas judicialmente, num período em que o pensamento-homem determinava a condição de cada uma delas. Com histórias marcadas pela violência, elas foram rés em processos judiciais que revelam as dificuldades de um ambiente hostil e opressor do passado amazônico, influenciado pelo ciclo da borracha e construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A obra foi concebida a partir desta pesquisa cênica, que coloca em foco a relação de gênero e o universo feminino. Essas histórias registradas nas páginas frias dos processos foram transformadas em dramaturgia e viraram teatro. O espetáculo iniciará às 20h, no Les Artistes Café Teatro, localizado na av. Sete de Setembro, 377, Centro, Manaus. A peça teatral não é recomendada para menores de 16 anos.

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Dia 14, no Café Teatro,  às 20h, a bailarina piauiense Janaína Lobo apresenta o espetáculo “Sotaque”, uma concepção da própria dançarina, no qual a coreografia propõe a ideia de que o movimento das pessoas carrega uma espécie de sotaque, revelando a sua origem. Através de passos de dança em um cenário construído de placas de gesso, Janaína traduz como manter a identidade e as singularidades.  O espetáculo de dança é livre para o público de todas as idades.

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Dia 15,  no Café Teatro,  às 20h,  o grupo mato-grossense Tibanaré apresenta a peça teatral “Fiu Fiu – Um encontro entre pássaros”, na qual é apresentada ao público uma narrativa não linear, que faz uma abordagem sobre o amor, em uma perspectiva de encontros e desencontros e a superação das frustrações, através de uma linguagem corporal própria e de movimentos precisos inspirados e personificados em dois pássaros, cômicos, lúdicos e únicos. Passarinhar e Passarinhou se conectam com a plateia com uma linguagem universal e acessível a todos públicos.

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Dia 16, a Pequena Companhia de Teatro, do Maranhão, apresenta a peça “Velhos Caem do Céu como Canivetes”, livremente inspirada no conto “Un señor muy viejo con unas alas enormes”, de Gabriel García Márquez. A narrativa apresenta duas personagens em permanente exercício dialético: um Ser Humano e um Ser Alado. Esse cai no quintal de um ser humano, sendo essa a premissa sob a qual a narrativa se desenvolve. O ser humano, um catador de lixo que tenta sobreviver à miséria que assola sua família, vê sua rotina mudar com a queda de um ser alado em seu quintal. O espanto inicial dá lugar à  necessidade de identificar o estranho ser, gerando um permanente questionamento quanto à definição do ser alado. Seria um anjo? Um frango? Um delírio provocado pela fome? É nessa teia que o espectador é convidado a se equilibrar, enquanto os dois seres se digladiam em um intenso confronto dialético. O exílio forçoso de um, e a miséria do outro, pontuam a trama, que apresenta um cenário pós-apocalíptico permeado de desesperança. Um ser alado e um ser humano, no abismo de suas percepções, preconceitos, medos e dúvidas. A peça teatral não é recomendada para menores de 12 e será realizada no Café Teatro, às 20h.

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Dia 17, a banda amazonense Casa de Caba apresenta o espetáculo musical “Travessia”, no Café Teatro, às 20h, a apresentação visa a aprofundar na música afro-brasileira submetendo-a a uma experiência com diversos outros segmentos da música universal. Formada em agosto de 2012, a banda Casa de Caba realiza uma fusão musical que vai do baião ao rock, coco, maracatu, xote, samba, blues, funk entre outros ritmos misturados a gosto.

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Dia 18,  o grupo paraense Quaderna apresenta “Pregões Melodia das Ruas”, com um repertório musical 90% autoral. São canções em ritmo de boi-bumbá, xote, modinha e outros estilos tradicionais que dialogam com a música contemporânea. Criado em 2003, o grupo Quaderna surgiu com a proposta de trazer a cultura do cotidiano da região amazônica para as canções. O espetáculo inicia às 20h no Café Teatro.

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Dia 19, no Café Teatro, a apresentação de dança “Selfie” da dançarina mato-grossense Elka Victorino, o espetáculo surgiu de um diálogo com o Projeto Leituras de Movimentos, realizado pelo Sesc Mato Grosso, no qual experiências coletivas entre artistas impulsionaram a construção de um percurso autobiográfico na dança. No espetáculo, Elka trabalha em versão solo com gestos, imagens, sons, percepções e sensações. O espetáculo não é recomendado para menores de 12 anos.

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Dia 21, no Teatro da Instalação, o Sesc AM em parceria com o Governo do Estado apresenta o espetáculo de dança “Réquiem para Dois” da Cia. de Intérpretes Independentes, do Amazonas. A peça foi criada sob o conceito de morte como parte de um ciclo temporal, em dissonância ao pensador francês, que acreditava que vida e morte se acham completamente separadas. O enfoque é a perda, não de quem vai, mas de quem fica. Tendo como base a dança contemporânea, o texto de movimento foi criado a partir da pesquisa de movimentação dos membros superiores, que a companhia desenvolve há 10 anos. O espetáculo de dança é livre para o público de todas as idades.

O teatro da instalação fica localizado na rua Frei José dos Inocentes, s/n, Centro.

Nos dias 25 e 26, a partir das 19h, no Espaço Cultural “DaVárzea das Artes”, o Sesc AM realiza Mostra de cinema com 10 filmes distribuídos nos dois dias de exibição. A mostra contará com a presença da produtora e documentarista amapaense Ana Vidigal, responsável pelo filme “A Rosa” e a amazonense Keila Serruya, produtora e diretora do filme “A Rua – O Corpo Urbano”. Também participará da Mostra, o produtor audiovisual Zeudi Souza.   

O Espaço Cultural “DaVárzea das Artes” fica localizado na rua B, casa 2, conjunto Jardim Yolanda, Parque 10.

Os filmes exibidos no dia 25 serão:

OUÇA-ME Livre_para_todos_os
André Araújo e Roberto Giovannetti
Ficção – 2015 – 38 min – Tocantins
Roberto é um motorista de ônibus que descobre uma surdez iminente. Antes de nunca mais ouvir, ele busca os sons que fizeram sua vida.

CHIAROSCURO Livre_para_todos_os
Daniel Drummond
Animação – 2014 – 8 min – Maranhão
Enquanto dois organismos competem pela única luz na escuridão, sua história revela a natureza volátil do poder.

ELE SEMPRE ESTEVE CERTO Livre_para_todos_os
Luiz Marchetti
Ficção – 2015 – 20 min – Mato Grosso
A intenção da obra é levantar dois desafios: a criação de uma ficção “para e sobre” adolescente sem banalizar a adolescência e apresentar um índio sem a figura heroica e com ideais atuais. O romance de férias inicia numa armadilha de passarinho. Não tornar trivial nenhum desses dois personagens e ainda promover o que admiram na genuidade da adolescência e na genuidade que prevalece em muitas aldeias indígenas é o ponto de des/encontro do filme. Na viagem para a casa da avó, Isabel se afasta dos irmãos, seu humor altera com facilidade e ela sai em busca de novidades. Assim, Izabel conhece Raoni.

ARQUEIROS Livre_para_todos_os
Thiago Chaves Briglia
Documentário – 2015 – 18 min – Roraima
Jovens da etnia indígena Macuxi, fortemente impactados pela cultura urbana, em virtude das proximidades da comunidade com a capital Boa Vista, participam de oficina de produção de arco e flecha e aprendem técnicas de arquearia tradicional indígena.

LABIRINTO DE PAPEL Livre_para_todos_os
André Araújo e Roberto Giovanetti
Documentário – 2014 – 29 min – Tocantins
Um grupo de pesquisadores percorre o estado do Tocantins atrás de histórias esquecidas da ditadura militar na região do então norte de Goiás.

Os filmes exibidos no dia 26 serão:

A ROSA 12anos
Dominique Allan
Ficção – 2012 – 28 min – Amapá
Um adolescente, chamado Carlos, busca por diversão como todos em sua idade, mas enfrenta dificuldades de se relacionar com outros devido sua deficiência auditiva. Carlos sofre bullyng e é descriminado pelos rapazes de sua idade. Marcado por esses enfoques a dinâmica da trama, o filme trás os dilemas que vivem os indivíduos portadores de algum tipo de deficiência, necessidade ou atenção especial. Esse filme não é recomendado para menores de 12 anos.

RIBEIRINHOS DO ASFALTO Livre_para_todos_os
Jorane Castro
Ficção – 2011 – 26 min – Pará
Deisy mora na ilha do Combu, em frente a Belém, do outro lado do rio. Ela sonha em morar na cidade, em meio às luzes que vê de sua casa na entrada da mata. Com a ajuda da mãe, vai tentar realizar seu desejo.

ENCANTADA DO BREGA Livre_para_todos_os
Leonardo Augusto
Ficção – 2014 – 14 min – Pará
Conheça a historia de Stephanny, uma batedora de açaí que sonha em conhecer uma festa de aparelhagem, porém é sempre impedida por sua madrasta e duas meia irmãs, que a obrigam a adulterar açaí e enganar a vizinhança, até que acontecimentos mágicos mudam o rumo da sua historia, enchendo a sua vida de muito brilho música e magia. Encantada do Brega te leva para uma imersão nas cores e sons da periferia de Belém. Esse curta metragem é tão ritmado quanto as batidas das aparelhagem de som. Sendo um recorte da cena cultural paraense atual, é o primeiro musical de tecnomelody da história!

S3TART – DOMMER Livre_para_todos_os
Francisco Eduardo Alves Crispim
Documentário – 2014 – 15 min – Piauí
Um panorama da arte de rua no nordeste e em todo país com a diversidade de seus artistas em seguimentos dentro da arte do grafite, colagem, transfer e outras culturas urbanas. Expor ao mundo esses personagens de uma arte que fica exposta na rua e que ganha cada vez mais espaço no contexto globalizado. Transferir do muro pra tela a verdade e força que o artista urbano tem, com um olhar humano contado pelos próprios artistas.

LICOR DE PEQUI Livre_para_todos_os
Marithê Azevedo
Ficção – 2015 – 15 min – Mato Grosso
Três gerações de mulheres, uma senhora que guarda a memória do lugar, mas está esquecendo as palavras; uma jovem poetisa que está em busca da palavra geradora para escrever seus poemas; uma menina em fase de alfabetização que está descobrindo as palavras. As três faces da Deusa. Uma delas conta histórias, outra escreve poemas, a menina solta pipas. As três habitam o mesmo espaço urbano, o centro histórico da cidade, com casas abandonadas, casas habitadas e casas restauradas, mas carregam camadas distintas de memória. As três mulheres são a cidade.

A RUA – O CORPO URBANO Livre_para_todos_os
Picolé da Massa
Documentário – 2015 – 10 min – Amazonas
O corpo urbano é um projeto de documentário que aborda como objeto de arte uma intervenção urbana pautada no movimento. A música negra em suas diversas vertentes é que dão norte a essa ação. As atividades acontecem nas cidade amazonenses: Manaus, Presidente Figueiredo e Manacapuru. Reunindo festa, dança, ocupação de espaço urbano em uma grande atividade de celebração do Hip Hop.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 92 3649-3750.
 
Sesc Amazônia das Artes 2016
 
A parceria, entre os Departamentos Regionais do Sesc, estabeleceu uma rede de cooperação, que viabiliza a circulação dos produtos artísticos de cada estado. O projeto tem o intuito de permitir a circulação e o intercâmbio de produtos artísticos entre os estados pertencentes à Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
 
Diante das dificuldades estruturais e da escassez de investimento cultural nessa região, o projeto Sesc Amazônia das Artes, torna-se imprescindível para a execução e êxito da circulação dos produtos artísticos, configurando-se, provavelmente, no programa mais importante da região para os fins propostos. Dessa forma, representa para cada artista e/ou grupo participante uma oportunidade real de expansão das expressões artísticas, de ampliação do público e de troca dos saberes e fazeres específicos de cada arte.
 
Na edição de 2015, foi introduzida uma modalidade muito importante: as etapas de Conexões, na qual os artistas, que apresentam semelhanças entre seus interesses artísticos, encontram-se para trocar experiências, técnicas e estabelecer conexões artísticas e afetivas. Afetar também no sentido do encontro, do contato, perceber como os processos podem ser influenciados e experimentados na fronteira com o outro. Em sua nona edição, este espaço se potencializa , solidifica e será experimentada por todas as linguagens, inclusive literatura e cinema.
 
Desde sua criação em 2008, o projeto foi coordenado pelos Departamentos Regionais do Sesc de Tocantins (2008), Pará (2009), Amapá (2010), Mato Grosso (2011), Acre (2012), Piauí (2013), Maranhão (2014), Roraima (2015) e em 2016 a coordenação-geral é do Amazonas.
 
Sistema Fecomércio, Sesc e Senac AM
Assessoria de Comunicação