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O Sesc está mobilizado em todo o país para eliminar criadouros do Aedes aegypti em suas unidades. Funcionários receberam capacitação especial para identificar focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Semanalmente, as equipes percorrem os espaços de trabalho, com atenção especial a pontos críticos, como jardins, ralos, calhas e outros possíveis locais de acúmulo de água. Além de ter como objetivo tornar as unidades áreas livres do Aedes aegypti, a campanha nacional visa auxiliar os esforços governamentais no que diz respeito ao esclarecimento da população.

Especialista no Aedes aegypti, a pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Denise Valle, conta que o ciclo de vida do mosquito, do ovo até a fase adulta, leva cerca de 7 a 10 dias e, por isso, o ideal é realizar a verificação e eliminação dos criadouros uma vez por semana. “Assim é possível interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos. São ações como manter a caixa d´água limpa e fechada, jogar fora pneus e garrafas pet, guardar garrafas com o bocal para baixo, colocar areia nos vasos de plantas, limpar piscinas e calhas e verificar o ar condicionado e os vasos sanitários que estão fora de uso”.

O uso de repelente é uma das formas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, mas o produto deve ser utilizado com cuidado. Deve-se optar somente pelas marcas aprovadas pela Anvisa e seguir as instruções do fabricante. Denise Valle alerta para não reaplicar mais do que o indicado no rótulo, pois pode causar intoxicação. “Em crianças e idosos a atenção deve ser redobrada. Não passe o repelente nas mãos ou áreas que tenham contato com boca e olhos. Pode causar intoxicação”, diz. Além disso, produtos naturais a base de citronela, óleo de coco, frutas cítricas, andiroba, eucalipto e hortelã não devem ser utilizados. A médica Renata Beranger do Hospital Samaritano lembra que são desprovidas de efeito repelente sustentado. “Evaporam muito rápido, conferindo proteção por poucos minutos. Não há eficácia comprovada e gera a falsa sensação de proteção”, completa a médica.

 Denise explica que o uso de inseticidas (aerossol ou fumacê) como estratégia de combate à dengue em domicílios residenciais não é o mais recomendado. “A utilização inadequada e indiscriminada destes produtos por condomínios torna o mosquito ainda mais resistente ao inseticida. Além disso, para o inseticida fazer efeito no Aedes aegypti, é preciso que ele esteja voando”, afirma a pesquisadora.  A melhor forma de prevenção e controle da dengue ainda é a eliminação dos criadouros do mosquito.